Soneto da Modernidade Cativa
Do Modelo e do Moderno me desenlaço, Pois a esperança cede ao tempo vivo; Em cada instante sinto-me cativo, Confunde-se o costume e a prisão com o traço.
A moda é um cárcere em cada compasso, Que aprisiona o tempo em seu motivo. Se antes rompi, hoje já não faço, Contido em linhas que o padrão me traça.
As juventudes bradam liberdade em vão, Pois eu também não fui cativo em tempos outros. Aguardo o impossível, na firme decisão,
Na esperança que a verdade me decora: Que do velho nasça a inovação. Nada tem a braça do moderno, nem está além do agora.
Ariel Alaire